Amores que matam


Dormi revoltada com o amor. Indignada perguntava: Por que exige tanto de mim? Tenho que mudar para permanecer perto de ti. Não aceitava o meu jeito de querer; queria me ver longe do meu próprio ser; tão egoísta tentava me sufocar pela atitude de não me conquistar, me fazendo duvidar desse meu jeito de querer ficar. 

Eu ainda corri e implorei para você me ouvir; ouvir todas as vezes que me anulei para o que vivia em mim e pudesse desabrochar dentro do teu ser, mas assistir de perto você se distanciando de todos os meus esforços de fazer você me amar, me obrigando a arrumar as malas e fugir do teu olhar. Suas mãos que iam em outra direção fazendo o meu peito chorar pela falta da solução de aceitar o seu não ficar. 

Bem que me aconselharam sobre a dor que um amor pode causar, pediram, quase imploraram para não me entregar, mas olha só, escolhi me suicidar! Optando por não me amar, envolvida só pela esperança de fazer você me olhar e perceber que não encontraria lugar melhor para morar, e que não existirão mãos mais seguras para lhe acariciar. Você até pode pensar que fez a opção correta, mas essa mesma estrada que me ensinou que o amor mata, aos poucos lhe fará enxergar que a paixão jamais tomará o lugar de um amor que faz de tudo para ficar.

Autora: Jonatielen Silva e Silva      




CONVERSATION

0 comentários:

Postar um comentário