Escrevi sobre um amor que porventura me abandonou naquela mesma semana em que lhe entreguei o meu coração. Com os peitos estufados observava os meus últimos suspiros, inconsolada e inconformada por ter me colocado em suas mãos. Sem dó e nem piedade desligou o telefone, e sumiu no meio do seu eu, dizendo ele que amor também é não amar e o melhor a fazer naquele momento era se afastar. Insensível, antes de ir me fez recordar todas as suas promessas quebradas pelo caminho; ainda jogou na minha cara: - Que chato se refazer de novo, isso não é bom! Deixando bem claro que nunca se conectou com meu coração.
Ah! tu me fez acreditar que nem para os meus versos serviria; demorei a perceber o quanto fui violentada, abusada, abandonada, contemplando o pior de mim. No espelho refletia a quebra dos meus princípios, outro alguém que nem eu mesma sabia que morava ali. Algumas semanas atrás jurava que era um verdadeiro homem ao me falar: - Que mulher fantástica você é, também estou sofrendo ao te deixar, o problema não é com você, mas comigo, você quer ter uma família, e eu, bem, já sou pai.
Imbecil! Manipulou-me até no penúltimo segundo da ausência da minha lucidez. Quantas almas você roubou? Quantos corações você abandonou? Será se tem alguém aí, para dizer que existem sentimentos verdadeiros dentro de você, e que precisa de um tempo para entender o significado de amar, que é se doar. Essa quebra de contrato deixou claro que não existe uma negociação quando os assuntos são coisas do coração.
Autora: Jonatielen Silva e Silva
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