Alento

Eu devo ser sincera, não te deixei partir, foi tu que escolheu ir e me deixou aqui presa nessa agonia sem fim. Agora, olhando daqui, me parece que foi boa essa ideia de não ir; ir atrás de quem escolheu partir; não estaria eu preparada para viver essa decepção sem fim. Porque quem me garantia, me daria sobre enxergar tu os encantos que existem dentro de mim, que teria uma luta sem fim para não deixar tu partir, seria eu como uma árvore longe do rio, iria secar sem muito demorar, iria me acabar ali. 

Optei por lamentar cada riso que iria tirar da sua boca, cada poesia não escrita para o teu ser, por não segurar sua mão quando você esmorecer. Eu escolhi conviver com a dúvida de talvez não encontrar um novo amor assim, igualzinho como você. É, eu ainda acredito que essa ideia foi boa, de não ir atrás; atrás de alguém que quis partir. 

Mas aqui, rodeada de poemas entregues pela saudade e a solidão, sofro pela minha própria tomada de decisão, por tentar me amar sem opção, mas que escolha que maltrata o meu coração. Estou entregue a essa sensação, essa dor que destrói e que dá preferência para o teu coração. Parece insignificante esse favoritismo meu, pois essa agonia sem fim dentro de mim é porque não te fiz como opção. Contradizendo a filosofia do amor próprio, eu ainda não estou colhendo o fruto da não humilhação, pois alento nenhum a minha alma encontrou desde quando você partiu o meu coração. 
  
Autora: Jonatielen Silva e Silva 

                                                                         

 

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2 comentários:

  1. Texto maravilhoso muito bem, que o Senhor Jesus te cubra de bênçãos sempre. Parabéns minha pequena.

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