Aos que amam.


Eu vi o amor de perto, às vezes ele se demostrava tão quieto, frio, distante... Eu vi o amor de perto, era tão amargo, tinha o gosto de saudade. Ouvi ele chorar e bem baixinho dizer: aquieta por favor, Senhor, esse coração. Eu vi o amor de perto quando bateu a porta e ficou arrependido olhando pela fechadura da porta, e foi a primeira vez que vi o amor se arrepender das suas ações.


- Estranho... Pensava eu convicta das certezas que tinha sobre a disposição do amor dentro das minhas pequenas experiências do existir.


Eu vi o amor de perto, ele subia uma ladeira exaustiva, tão longa, mas parecia descansando, ele estava cantando, estava acompanhando, até parecia poesia o seu andado. Eu vi o amor de perto, sorrindo ele demonstrava que era presente, todo incoerente brincava na frente dos meus olhos com as suas fases, formas e jeitos de encarar a solidão. 


Eu vi o amor de perto, ele  jurava que não era o amor e por essa razão queria embarcar na contramão da ilusão, me deixando indignada pois amor maior não haveria ali se não fosse esse de abrir de mão dando espaço para a reconstrução. Aaaah... Eu vi o amor de perto quando ele me disse "não", ficou tão arrasado em me ver no chão que tentou ser o próprio antídoto em uma tentativa em vão de reparar a minha desilusão.


Autora: Jonatielen Silva e Silva 

                                                                     


                                                          





CONVERSATION

0 comentários:

Postar um comentário