A poetisa patética

Poetisa patética. Esse deveria ser o meu nome, talvez por ouvir músicas que falam de amores inexistentes, projetando um futuro ausente. Por escrever histórias desconhecidas, poucas vividas no território da vida real. Poetisa patética. Estou quase concordado com todos que dizem que as minhas palavras irão me afastar de você, que a arte respirando dentro de mim é a causa do nosso amor não viver.

Colocam às minhas rimas no tribunal, são julgadores de sentimentos, querem decidir qual é a melhor maneira de amar.

 - Não diga logo de cara que o ama

 — demore de responder no WhatsApp, finja desinteresse

 — Pare de escrever sobre seus sentimentos, eu acho que eles são a causa de não arrumar namorados.

A poetisa patética, se mostra tão inteira para quem não é completo, sua profundidade assusta todos que se mantém na beira das suas extensões, não quero me demorar falando da profundidade da minha alma, fazendo você, meu bem-querer me querer, convencido pela lógica de amar só quem te ama, pois, felicidade nenhuma haveria ali, nem mesmo a minha. Não suportaria viver um amor tão pouco fantasiado por mim, serei a sua música sem melodia, contradizendo a "professora do amor " te amarei no silêncio das poesias.

 Autora: Jonatielen Silva e Silva