Tudo, menos amor.


Acompanhei cada negação sua perante tudo que vivemos. Pela madrugada vaguei pelas ruas da minha casa procurando algo para me inspirar, algo que não fosse você. No meio do despreparo encontrei tudo que se resume de quando não estar, a tristeza estava fazendo a festa no tapete da minha sala, ela chamava a minha sanidade mental que mais uma vez tinha me abandonado, para nós seria quase impossível sobreviver longe de você. Durante a dura negra noite que se demorava a passar, a saudade passou ser tão concreta que por hora poderia dizer que tive o descontentamento de toca-la, pude vê o quanto ela é mais real do que imaginava.

Em um estado de êxtase, observava a solidão da escuridão que sussurrava no pé do ouvido "será se tu vai aguentar?" Me parecia tão frio aquele lugar, era quase inabitável, quem poderia resistir ao profundo desamor? Ele me mostrava a quem  queria esquecer, jogava na minha cara a condição de impotência que aumentava os soluços da alma, fazendo duvidar da minha própria existência.

Tu a quem fizeste eu acreditar que seria paz no meio do meu caos, por que se transformou em todo motivo dele? Tu a quem trazia o mais belo sorriso para todo início de noite, por que se tornou toda ausência da madrugada? Tu a quem me roubas-te toda a minha sensibilidade, a quem jurei todo o meu amor, por que me deixas-te aqui fantasiando o dia em que possa respirar sem me machucar de novo? Tu a quem era destinado todo o meu viver viraste sinônimo de como me reencontrei no fundo do meu próprio poço, respirando no corpo errado deparei com a insegurança, vivendo dias instáveis achando que se tratava dos conflitos do meu ser quando a dor se resumia em não ser eu mas sim em ser tu. Olha lá! O sol está nascendo e com ele vem surgindo a oportunidade de não me entregar a esse sentimento que é tudo, menos amor.

Autora: Jonatielen Silva e Silva 


                                                               

 

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