Os dias amarelos de Renata - "O silêncio que fala"


Minhas marcas transcende a alma, elas estão por toda a parte. Braços, pulsos, coxas, nos fios de cabelos retirados, na falta de apetite em excesso também. As vezes elas sangram e todos veem mas a minha dor não parece lhe incomodar, o mas fácil seria ignorar. Todos notam a minha ausência e sabe onde me achar, porém o caminho é escuro demais para tentar me salvar, optando espalhar a culpa entre todos aqueles que deveriam fazer algo mas não fez.

No casaco grosso, na fala "é só frio", no sorriso do "foi nada não cara, está tudo bem", na musica alta do fone de ouvido, no antissocial e nas pessoas mais extrovertidas existem vozes, choro, angústia, o "estou falando, mas ninguém me escuta". Não pense que nunca desejei ser igual a você, porque tentei.

Cobria a minha dor na tentativa de mostrar para o mundo que poderia deixar de ter "frescura" de "chamar atenção", engolir todas as lágrimas para não derramar em sua frente e foi assim que me encontrei perdida dentro do caos que virou a minha vida. Não pensei que a minha escolha foi a mais fácil, "foi a mais corajosa" abrir mão daquele a quem ama sempre exigem uma força suprema. Não se culpe, nós erramos, eu também falhei. 

Assinado: Renata

Autora: Jonatielen Silva e Silva 


                                                                 





 

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