Tem coisas que não quer mudar, como os meus diálogos que tem um pouquinho de nós aqui e ali querendo talvez, quem sabe, provar que ainda há solução para um adeus sem partida.

 

Tem coisas que não costuma mudar, semelhante a essa dor que persiste em dizer sobre esse romance que se acabou muito antes d'eu voltar. Tem coisas que realmente não costuma mudar como, por exemplo, essa porta aberta esperando a tua boa vontade de regressar. 


Já vi muita coisa passar só não consigo entender os motivos de não te esquecer. 


Tem coisas que de fato não costuma mudar como aquela música triste que toca cada vez que tento dormir em um lar que não foi o nosso, quando tento mudar o lado da cama sempre ela, a música triste está lá. 


Tem coisas que não costuma mudar parecido como o teu lugar no sofá que está vazio sem em caixa ninguém nas marcas do tempo que insiste em recordar um amor que não quer se entregar. Tem coisas que não quer mudar, como os meus diálogos que tem um pouquinho de nós aqui e ali querendo talvez, quem sabe, provar que ainda há solução para um adeus sem partida. 


Se tu pelo menos parasses para saber as tantas coisas que não mudou por aqui eu juro que terias razões para ficar, porém já é tarde, tu nem olha mais para trás e comigo vai ficando todas as palavras que queria falar mas não falei, talvez por medo de não soar poético demais assim fazendo tu compreender, talvez, sei lá, que a solução das palavras não rimadas seja o próprio silêncio que se dá nas pausas da respiração, e quem sabe, a inspiração seja aquela tranquilidade dos domingos que tu jurava ser monótono. 


Olha pra trás e enxerga o que faz sentido deixa a nossa canção te abraçar e se converse que o desamor à gente desfaz com o amor, costurando cada pedaço das coisas que ainda não mudou.



Autora: Jonatielen Silva e Silva 


                                                              


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