Conheço um Pai sem filhos.


Lembro dos seus primeiros passos, de como segurava o meu menor dedo da mão, você era o meu menino mais manhoso, o mais novo, a cara de sua mãe! Se parecia muito com os seus tios. 

Sabe, filho, ainda me lembro de quando a minha única preocupação com você era te pegar nos meus braços para não correr nos corredores da igreja. Você era o aventureiro mais bonito e com alguns anos se tornou o desbravador mais cobiçado das meninas.  Filho, ainda lembro de quando fazíamos lições juntos, tentava te ensinar como a vida é cruel e como ela poderia te tirar de mim.

Sabe, filho, as vezes olho para as suas fotos e tenho a impressão que não fui um bom pai. Quando você chegou em nossas vidas eu nem sabia como me educar, imagina educar duas crianças: você e seu irmão. Mas você sempre me ensinando das maneiras mais "haja coração" que poderiam existir.

Para você era muito pouco subir em árvores, pular de cima de pedras, escalar muros, e eu, como pai, sempre estava perto. Filho, desculpa! Por não ter estado do seu lado quando você mais precisava. Filho! Me perdoa pois não fui um super herói que você acreditava que eu era. Filho! Desculpa por não ter lhe dado um último abraço.

Autora: Jonatielen Silva e Silva 




                                        

              





                                         

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