Resenha - Querido John


Quem nunca viveu uma história de amor onde os dois estão fadados a um término dramático? Acredito que todos nós! Em um fim de tarde perfeito, um soldado das forças armadas conhece uma universitária cheia de ideias e convicções completamente diferentes das suas. De cara já dava para perceber que não daria certo, mas a paixão cega e surda te deixa ter experiências que vão lhe levar para às nuvens, mas ao mesmo tempo vão te colocar no mais profundo abismo de sua alma; aí você conhece uma noite sem estrelas, uma manhã com chuva, um pôr do sol sem sol. É! É isso que a paixão faz. John Tyree esqueceu por alguns anos o óbvio do fim trágico que o seu relacionamento poderia ter e mesmo assim embarcado em um namoro à distância. Já tive um amor a distância, e sei o quanto dói cada “até mais”, cada abraço de despedida...; ousaria dizer que foi o filme mais realístico que já assisti.

Quem não se apaixonaria por alguém que pulou de uma ponte para salvar uma simples bolsa, mas que tinha todos os documentos mais importantes dentro dela? Quem não se apaixonaria? Savannah não tinha em seus planos se apaixonar por alguém que iria vê-la uma vez no ano, mas se apaixonou, fazer o quê? “risos”. Tudo isso é culpa do universo, por brincar com o coração de muitos. Mas esse filme não é qualquer filme. Ele trouxe um final real e não tivemos um final "felizes para sempre"! Seu final deixa bem claro que sim, podemos ter escolhas que vão nos proporcionar consequências pelas quais não queríamos sofrer. John decidiu voltar para o campo de guerra, contrariando o pedido de Savannah, que por sua vez jurou lealdade e esperar o seu grande amor, mas esqueceram que o "grande amor " também deve ser regado, cultivado; "o grande amor" deve ter tardes de domingo em frente ao mar, deve ter também banho de chuva, e noites observando o céu; ah! o grande amor! Deve ter também sessão de filmes e caminhar de mãos dadas pelas ruas. 

Não faltou amor para John e Savannah, mas cuidado, ele escolheu um caminho onde tinha lugar só para ele; e ela precisava de um caminho que desse para ela com seus sonhos e vontade de viver. Com dor na alma o seu adeus foi na sua última carta que ele escreveu. O tempo passou. Ela casou com o seu melhor amigo, foi por amor ou paixão? Foi para não parar! O lugar onde John a colocou era pequeno demais para caber toda suas angústias, realizações, felicidades..., sem ter com quem compartilhar.

E o John? Ele lutou por ela em cada guerra enfrentada, e voltou para cumprir o que havia lhe prometido. Sem cartas, sem razões para voltar, mas ele voltou, mas não encontrou mais quem deixou. Era uma mulher, não a menina que" deixou para trás". Sim! É a minha história, é a história de muitos e muitas; cada uma com jeitinho e situações diferentes de acontecer, mas aconteceram. Todos nós já tivemos um John, e todos nós já tivemos uma Savannah.


Autora: Jonatielen Silva e Silva 




                                                         

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